quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Bem no estilo do recreiense Elson Meira...

Aragão: a rua em que vivi 
Por Elson Meira



Moro no planeta Terra, no continente sul americano, cortado pelo trópico de capricórnio, em um país chamado Brasil e no estado de Minas Gerais , na cidade de volta Grande , mas eu queria era falar sobre a cidade de Recreio, em que eu nasci, onde como em toda cidade, há ruas e ruas , mas não iguais a rua onde eu nasci e onde morei toda a minha infância.
Essa rua me traz muitas recordações; um pedaço de mim ficou por lá. Nessa rua está a casa que me abrigou. Quantas recordações, quantas saudades trazem-me a rua Aragão, a rua em que vivi. 
Hoje  a  rua  tem  outro nome,  mas  para  mim  é  Aragão. Faz parte da minha infância, adolescência; foi lá que vivi grande parte da minha vida. Lá tinha amigos, pessoas conhecidos, os vizinhos mais próximos ou afastados. Os amigos Douglas, os dois Jorge (o Cunto e o Silva), o Ivan, o Antonio Armindo, eram os mais próximos e outros que moravam pouco mais afastados. À tarde jogávamos uma pelada, próximo ao Ribeirão dos Monos, ladeado por bambuzais, que em noite de ventania produzia um barulho forte. O campinho ficava numa área mais baixa, próximo ao ribeirão e de lá avistava a minha casa, situada um pouco mais acima. A rua Aragão era apenas um caminho que se transformou em rua e foi urbanizada e calçada com paralelepípedos, é uma rua situada a maior parte no morro. Saindo de casa para ir ao centro, olhando-se para o lado esquerdo, desce o morro um pouco íngreme, terminando numa rua lá embaixo (antiga Campo Limpo), e geralmente eu usava a bicicleta, era só deixar a bicicleta descer segurando nos freios. Para voltar não tinha jeito, tinha que acelerar bem para se conseguir chegar ao topo ou descer e empurrar a bicicleta até chegar a minha casa. Para o outro lado (o lado direito) a rua segue um pouco mais plana e vai descendo e virando para a direita, lá morava Milton Augusto, também um grande amigo dessa época. A rua continua até atravessar a linha férrea, encontrando-se com outras ruas, à direita e esquerda. A casa em que morava fica na parte mais alta da rua e de lá se avista o hospital, ainda em construção naquela época, e outros morros, sem dúvida uma vista agradável.  Hoje sei que foi um tempo muito bom em minha vida. Uma consciência que só se desperta depois de muitos anos. É quando a saudade e a recordação batem fundo em nossa alma. Mas não deixo de amar (gostar) da minha rua, os amigos, os vizinhos e todos que fizeram parte de minha vida nesse período de juventude e vigor. Sim, é a eterna Aragão em que vivi e mora nas minhas recordações.
 FOTO ; parte baixa da Rua Aragão ( rua Francisco Uffer de Freitas, Recreio,MG )


Mais textos de ELSON MEIRA em PÁGINAS RADIANTE RECREIO .

Nenhum comentário:

Postar um comentário